domingo, 25 de abril de 2010

25 DE ABRIL SEMPRE!!




Pela cronologia da Revolução , às 00:20 horas do 25 de Abril de 1974 "é dada a senha definitiva, quando foi transmitida a leitura gravada da primeira estrofe da canção" Grândola Vila Morena "de José Afonso, no programa independente Limite transmitido através da Rádio Renascença. A senha definitiva confirma o início simultâneo das operações em todo o país e comanda o avanço das Forças sobre os seus objectivos ".

O Estado Novo, regime de Marcelo Caetano continuador da autarquia fascista do ditador Salazar, encontrava-se em 1974 isolado a nível internacional, enfrentado as antigas colónias portuguesas onde começaram a surgir movimentos independentistas, e contava com um apoio cada vez menor, não só na rua, mas entre as fileiras do próprio exército, após destituir a António de Spínola como vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

Na madrugada de 25 de abril é executado de modo concertado e simultâneo em todo o país o golpe de Estado militar contra o governo ditatorial em Portugal. Depois de vários comunicados, às 8:45 horas da manhã emite nos microfones da emissor Nacional o sexto comunicado do Movimento das Forças Armadas, responsável do golpe:
As Forças Armadas iniciaram uma série de acções com vista à libertação do País do regime que há longo tempo o domina. Nos seus comunicados, as Forças Armadas têm apelado para a não intervenção das forças policiais, com o objectivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, não se hesitará em responder, decidida e implacavelmente, a qualquer oposição que venha a manifestar-se. Consciente de que interpreta os verdadeiros sentimentos da nação, o movimento das Forças Armadas prosseguirá na sua acção libertadora e pede à população que se mantenha calma e que recolha às suas residências.
Viva Portugal!

Os defensores do regime ditatorial desaparecem: nem um só homem morreu por defendê-lo, nem um tiro é disparado em sua defesa. O cravo vermelho torna-se símbolo da Revolução, quando o Amanecer o povo e as tropas são iguais, há vivas a Portugal e ao Exército, ea euforia desbórdase. 50 anos de dictatura caem, enquanto "uma florista, que levava cravos para um hotel, terá dado um cravo a um soldado, que o colocou no cano da espingarda. Outros o imitaram, enfiando cravos vermelhos nos canos das suas armas".

A Revolução tem triunfado.




Revolução dos Cravos, pola TV francesa, parte 1 de 3
Fonte: http://arrastao.org/


A Revolução foi continuada por dois anos de incertidume e a proclamação de uma Constituição. 36 anos depois, Portugal continua imerso em uma longa crise econômica que se viu continuada no recente cenário internacional, bem como uma crise de identidade no actual contexto de globalização, que só a recuperação de um espírito de unidade nacional como a do '25 de Abril sempre! ' pode fornecer soluções.

Mas os tempos mudam, claro.


Mais info:

- Blog Arrastão, "Imagens da Revolução"
- Wikipédia, 'Revolução dos Cravos'
- Monografias.com, 'A Revolução dos Cravos'

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