Poucos são hoje os que conhecem a história de um território independente entre Galiza e Portugal, pseudo república que abrangeu sete séculos de história, desde a Idade Meia até há pouco mais de um século. Formado pelos atuais Couto Misto (os lugares Santiago, Rubiáns e Meaus) na Galiza, e os Povos Promíscuos (Soutelinho da Raia, Lamadarcos e Cambedo) em Portugal, constituía um território autônomo que na prática não dependia nem da Espanha nem de Portugal.
Seus habitantes não pagavam impostos a nenhum dos dois reinos, podiam comerciar livremente e sem impostos no chamado Caminho Privilegiado, não contribuíam homens a nenhum exército, podiam dar asilo aos foragidos da justiça espanhola e portuguesa -dado que as autoridades de ambos paises não podiam entrar no Couto sem autorização-, e se regiam pelas suas próprias normas contando com um juiz próprio, eleito pela vizinhança, que era a máxima autoridade governativa, administrativa e judicial.
As razões da origem de Estados europeus como Andorra, São Marino, Mônaco, Luxembugo ou Lietchestein não são muito diferentes das que originaram o Couto Misto, e provavelmente a falta de uma dinastia é a causa que hoje não exista esta República. O Couto Misto foi abolido no dia 23 de junho de 1868 a causa do acordo entre a Espanha e Portugal de 1864, no Tratado de Lisboa.
Podem encontrar mais informação nos seguintes enlaces:
- Couto Mixto, na wikipedia galega.
- "Couto Mixto, uma república esquecida", por Luis Manuel García Mañá e Xurxo Lobato.
- Articulos nos jornais El Pais, "La república independiente del Couto" e no Faro de Vigo "O Couto Mixto, un caso único en Europa".
- Casa rural do Couto Mixto: www.coutomixto.com.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
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