domingo, 21 de março de 2010

RIO CÁVADO: MONTALEGRE

(vem da primeira parte)

Dos dois caminhos por Trás-os-Montes de Chaves a Montalegre, nós provavelmente fomos escolher o pior. Ou isso pensou o nosso carro, quando pouco antes de passar por Soutelinho da Raia, na mesma fronteira fictícia entre Galiza e Portugal, pinchei uma roda.



Ver mapa maior


Era a primeira vez que pinchaba, por isso ainda botei um bom cacho tentando descobrir como se mudavam pela roda de bicicleta que vêm agora de reafirmado nos carros. Com o Ferrari de Alonso demoram muito menos ...


O trajeto passa por uma paisagem semi-desértica (tanto da vegetação como de aldeias arraianas) ao pé da Serra do Larouco, justo à altura do Couto Misto, aquela Andorra portuguesa, da qual já temos falado em Alemdominho.

O Couto Misto (em verde), apenas a 5 km de Montalegre.
Fonte: gl.wikipedia.org


O rio Cávado nasce apenas um par de quilómetros das aldeias -Rubiás, Santiago e, um pouco mais longe, Meaus- que compõem o Couto Mixto, em plena Serra do Larouco. Não decorrer um outro tanto antes de chegar a Montalegre, antiga vila de apenas dois mil habitantes, cujo caráter defensivo nos limites da raia galego-portuguesa fica-se pelo seu castelo medieval.

Vista à entrada de Montalegre. O castelo medieval à direita.
Fonte própria.

O castelo, iniciado pelo Rei D. Dinis no século XIII, constituía junto aos castelos da Piconha (Tourém) e da Portela (Padornelos) o conjunto defensivo das Terras de Barroso. Representava um ponto de alto valor defensivo, enquadrado entre as serras do Gerês a Oeste, do Larouco a leste, e rodeado pelo rio Cávado a Norte.

Apesar de que, em excelente estado de conservação, o castelo não tem chegado a nós íntegramente por causa do tristemente famoso terremoto de 1755, que provocou a queda de uma das ameias. No século XX, foi declarado Monumento Nacional e atualmente integra conjunto com o núcleo museológico anexo.

Castelo medieval de Montalegre. Fonte própria.

A leste ea sul desenvolveu-se a vila medieval do que os privilégios concedidos pelo Rei D. Dinis para o seu povoamento. Desde o castelo, os dados de Montalegre são bem bonitas, mas em um dia nevado (e bem frio, caralho!) como aquele.

Vista da vila de Montalegre a partir do seu castelo medieval.
Fonte própria.

No caminho alternativo (e melhor comunicação) que conduz de Chaves a Montalegre, a estrada atravessa o outro município do Barroso, também a vila turística de Boticas, bem conhecida pelas Termas de Carvalhelhos. A visita a algum dos hotéis rurais do entorno apúntoa na lista de disciplinas pendentes ...

Vila de Boticas, Portugal. Fonte: www.maplandia.com

A segunda rota alternativa trasncorre paralela à barragem do Alto Rabagão, barragem da bacia do rio Cávado, em um de seus tributários poucos quilômetros antes de sua confluência.

Barragem do Alto Rabagão. Fonte própria.

Será a partir dessa confluência quando o Cávado Pegue forças para atravessar a difícil orografia da Serra do Gerês. Na próxima etapa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário