sexta-feira, 7 de agosto de 2009

NEGA DO CABELO DURO

A Bossa nova nasceu como um modo de tocar o samba de um modo pausado, que pudera ser cantado e acompanhado à guitarra, e interpretado em locais fechados. Nascida à finais da década dos 50, em seguida incorporou elementos da mundialmente dominante cultura americana, principalmente do jazz.

Muitos são os grandes nomes associados à Bossa: Tom Jobim, João Gilberto, Astrud Gilberto, Vinicius de Moraes, Toquinho, Stan Getz... dos que veremos de ir escutando coisinhas. Mas hoje vamos falar da segunda geração da Bossa, nascida em meados dos anos 60s, englobada na MPB (música popular brasileira, mais lonje do jazz que na primeira etapa), na que entram muitos dos artistas do Movimento Tropicalista: Caetano Veloso, Rapaz Buarque, Gilberto Gil ou Elis Regina.

E asi, sirva hoje um dos meus temas favoritos -uma duplo versão de Elis Regina- como exemplo do que constituíram a Bossa e o MPB.

Elis Regina: Aquarela do Brasil - Nega do cabelo duro




(se algum desorientado não tem muito ouvido, aí lhes vai a letra)

E suas respectivas versões originais. A primeira, Aquarela do Brasil, é um dos temas populares brasileiros mais interpretados de todos os tempos, composta em 1939 por Ary Barroso.



A segunda parte é Nega do Cabelo Duro, tema que depois que muito investigar conseguim encontrar sua origem: um tema composto para o carnaval do ano 1942 por Rubens Soares e David Nasser, e popularizada pelos Anjos do Inferno. Não há quem encontre o original em nenhum lugar (se algum leitor o encontra, favor que o compartilhe com todos!!), mais serva como mostra a versão de Walter Wanderley que podem escutar nesta página, e que faz idéia do ritmo mais acelerado que a interpretação de Elis.

Com ambos temas e a versão de Elis podem fazer à idéia de como os artistas brasileiros dos anos 50s-60s transformaram o samba em música mais ligeira, bossa e MPB, com repercusão no mundo inteiro.

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